Pages

terça-feira, 24 de maio de 2011

BULLYNG NAS UNIVERSIDADES?

Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.
"É uma das formas de violência que mais cresce no mundo", afirma Cléo Fante, educadora e autora do livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz (224 págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868 ). Segundo a especialista, o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa.
Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e dolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podem apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.
Bullying - termo de origem inglesa que no Brasil compreende todas as formas de agressões intencionais repetitivas adotada por uma ou mais pessoas contra outra ou outras mais fracas, numa relação desigual de poder. A maior incidência deste fenômeno ocorre em Instituições Educacionais, geralmente entre crianças de 7 a 18 anos. Todavia, possui ainda a propriedade de ser evidenciado em todos as lugares e situações em que ocorram relações interpessoais. Diversos pesquisadores do mundo inteiro vem direcionando suas pesquisas para este tema, que tem crescido alarmantemente e atingido faixas etárias cada vez mais distintas, assolando também o ensino superior.
É utópico acreditar que estudantes universitários apresentam maior capacidade de defesa, eles sofrem abusos por parte de colegas e também da equipe docente, mas também agridem, ignoram, discriminam e em alguns casos, até matam por não suportarem mais serem humilhados. Em ambientes universitários governados por pessoas insensíveis à violência, o Bullying é visto como processo natural e comumente descartado. Atitudes abusivas por parte de professores, que utilizam o recurso avaliação para punir aqueles que pensam de forma diferente da imposta, são ignoradas - talvez por hierarquias ou por questões políticas.O trote universitário mesmo quando ocorre de forma solidária, não deixa de ser uma forma de Bullying. em que a vítima muitas vezes o tolera para não ficar antipatizado pelo grupo. No Brasil os primeiros trotes violentos aconteceram no século XIX. Em 1831, um estudante foi morto a golpes de bengala durante trote na Universidade de Recife. Em 1850, os alunos da Faculdade de Direito do Largo São Franscisco reagiram ao trote e a intervenção da polícia foi necessária para controlar a situação. Ao longo dos anos as Universidades vem tentando alterar as práticas receptivas de novos alunos, porém os jornais e anais destas instituições, ainda retratam situações de grande violência envolvendo trotes. Em 1999, um estudante morreu afogado durante trote realizado na piscina do campus da Faculdade de Medicina da USP. Em alguns casos, estudantes de Cursos de Medicina, Direito, Odontologia e Engenharia discriminam cursistas de outra áreas e desvalorizam suas produções. Estas atitudes tem gerado, ao longo dos anos, certa revolta por parte dos demais alunos - vítimas do Bullying - que acabam protagonizando sérias tragédias. Em 2007, um jovem sul-coreano de 23 anos, aluno do último ano do curso de Letras, invadiu a Universidade Virgínia Tech, nos EUA. No campus, ele se dirigiu à West Ambler Jonhston, residência estudantil que abriga pelo menos 895 pessoas e abriu fogo, matando 2 estudantes. Depois, caminhou até o prédio da Faculdade de Engenharia, trancou as portas com correntes, atirou na cabeça de um professor, partindo depois para os alunos, matando 32 e ferindo 29 pessoas- entre alunos e professores e suicidando-se em seguida. Antes deste, o maior ataque a Universidade no EUA aconteceu em 1966, quando um estudante subiu na torre de observação de 27 andares e começou a atirar, matando 16 pessoas, até ser baleado e morto.
Casos envolvendo racismo também levam os universitários a praticarem Bullying. No Brasil, em 2007, supostos vândalos atearam fogo à porta do alojamento de quatro alunos africanos na Casa do Estudante Universitário (CEU), na Universidade de Brasília (UnB). Universitários bolsistas também são vítimas de constantes discriminações em Universidades. Ainda no âmbito do ensino superior, são comuns casos de graduandos e pós graduandos, mestrandos ou doutorandos serem vítimas de pressões psicológicas sofridas quanto à data de entrega de trabalhos, falta de dinheiro para dar continuidade à pesquisa, atitudes arrogantes e faltas de apoio de orientadores e ainda toda a intimidação causada por certas bancas examinadoras de trabalhos científicos. A prática do Bullying acaba travando a produção intelectual do pesquisador, impedindo-o de pensar por si mesmo e agravando sua condição de vítima. O renomado educador Paulo Freire deixou em seu legado , inúmeras reflexões sobre atitudes opressivas, em especial na obra "Pedagogia do Oprimido" destaca bem as consequências sofridas por um estudante, impedido de pensar por si mesmo e tendo que se enquadrar em um ensino, cujo único objetivo é de atender as necessidades do sistema Capitalista. Alienação também é uma forma de Bullying, pois oprime e obriga a vítima a agir de acordo com os interesses dos dominantes, tornando-a cada vez mais incapacitada para lutar por seus direitos. Um universitário nestas condições tendo que se abdicar de suas convicções, de sua cultura e se tornar uma marionete do sistema educacional repressor, pode deixar sua condição de vítima e se revelar um agressor - invadir a universidade e cometer atos de violência incalculáveis. Embora as formações escolares não consigam mudar a estrutura psiquíca do tipo perversa, devem trabalhar com empatia para promover cidadãos justos, capazes de respeitar os outros, reconhecer seus direitos e deveres, conviver bem em grupo, num contexto interdisciplinar e multiprofissional. A educação do século XXI não pode se manter passiva diante deste fenômeno avassalador que compromete o presente e o futuro de nossa sociedade, apresentando consequências para além do imaginável.







Graciana Coelho

sábado, 14 de maio de 2011

O NUAP realizará um ciclo de palestras visando apresentar o serviço de atendimento psicológico da UFC - Campus Cariri aos discentes, docentes e servidores administrativos.

DATAS:
  • 16/05/2011 - 19 - 20 horas - Palestrantes: Graciana Coelho e Julianne Barros;

  • 18/05/2011 - 14 - 15 horas - Palestrantes: Rafaelle Braga e Juliane Feitosa;

  • 19/05/2011 - 8 - 9 horas - Palestrantes: Nara Raquel e Zeneide Nunes.

LOCAL: Auditório

quarta-feira, 11 de maio de 2011

O QUE É PSICOTERAPIA?

Dada à importância das práticas psicológicas no contexto educacional, o Núcleo Universitário de Apoio Psicopedagógico - NUAP, realizou seleção para estagiários de psicologia visando promover atividades que favoreçam o melhor desempenho acadêmico de discentes e docentes. Dentre estas atividades há o atendimento psicológico aos alunos e servidores da UFC.

A psicoterapia visa proporcionar o auto-conhecimento e a superação de dificuldades, ou seja, objetiva-se auxiliar o sujeito a estar em equilíbrio com suas verdadeiras necessidades e anseios. Portanto, busca descobrir as fragilidades e potencialidades do indivíduo para que o mesmo lide de forma diferente com seus conflitos e possa desenvolver relacionamentos interpessoais saudáveis.

O atendimento psicológico destina-se ao tratamento dos conflitos emocionais, psíquicos e comportamentais como: ansiedade, depressão, capacidade de decisão, disfunções sexuais, estresse, dependência química, dificuldades de aprendizagem, relacionamentos interpessoais, familiares e no trabalho, síndrome de pânico, orientação vocacional entre outros.

A ajuda de um profissional capacitado, com sua escuta atenta e observadora, como o psicólogo, leva o sujeito a perceber a si mesmo, encontrando, assim, novas formas de enfrentar suas dificuldades. A psicoterapia permite a reflexão sobre a própria vida e isso possibilita mudanças de percepção, sentido e aprofundamento das experiências vividas.

domingo, 8 de maio de 2011

Recepção dos novos membros

Na última Quinta-Feira (05/05/11) realizamos a recepção das estagiárias do NUAP.
Que todas sejam muito bem vindas!!!!!!!